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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Acidentes acontecem... Mas acidentes!!!

Hoje ocorreu em Uruguaiana um acidente, que por sorte do acidentado, ou perícia do motorista, não foi fatal.

Ocorre que um jovem foi atropelado por um ônibus da linha 1003, num trecho dos mais perigosos da já famigerada zona sul, no encontro das ruas Gonçalves Viana e Eustáquio Ormazabal.

Tudo bem, acidentes acontecem... Mas isso não foi um acidente, pois acidentes acontecem ao acaso, sem motivações, o que não foi o caso.

Calma, eu explico.

Primeiramente, as linhas de ônibus 1002, 1003, 1004 e 1009 estão utilizando a rua Gonçalves Viana, sendo que seu itinerário é na rua Adir Mascia. Acontece que a rua Adir Mascia está intransitável, até para veículos grandes como os ônibus... Imagine só isso... Nem os ônibus conseguem andar na rua Adir Mascia!!! Imaginem a situação destas ruas, que nem os ônibus conseguem transitar por elas. E o encontro das Ruas Gonçalves Viana com Eustáquio Ormazabal está em estado crítico, eu que passo ali todos os dias, tanto de carro quanto de ônibus, só se pode usar o lado esquerdo da via, pois do outro lado os buracos (na verdade crateras) não deixam nem os ônibus circularem ali, ou seja, todos tem que usar a contramão, o que muito provavelmente ocasionou o acidente de hoje pela manhã.

Em segundo lugar, os ônibus estão sucateados. Eu que ando de ônibus, 1002 ainda por cima, o pior dos piores, tenho a plena consciência de que não vale nem um pouco a pena pagar R$ 2,00 para andar nestas carroças que temos hoje no transporte coletivo de nossa cidade. Pagamos dois pila para andar em ônibus desconfortáveis, velhos, mal cuidados, sem manutenção, que não cumprem os horários, e ainda por cima com funcionários (motoristas e cobradores) mal educados. Até quando?

Por fim, os motoristas de ônibus de Uruguaiana não tem meio termo... Ou eles dirigem à vinte por hora, ou a oitenta por hora. É impressionante como ou andam muito devagar ou andam muito rápido, além de ziguezaguear pelas ruas por causa dos buracos, e as freadas bruscas.

Depois de tudo isso, será que ainda dá pra pensar que esse atropelamento foi um acidente?

E agora, quem vai devolver a mobilidade a este jovem, quem vai devolver os seis meses de recuperação para sua bacia longe da escola? Quem vai devolver o tempo que os pais terão de ter para cuidar dele?

Aliás, é bem provável que ele tenha ido para o Pronto Socorro Municipal, e tenha ficado esperando, esperando, esperando...

Quem vai pagar essa conta toda?

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