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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Corinthians do Brasil! Ou seria Brasil do Corinthians?

Eu confesso que fico boquiaberto, estupefato, quiçá estarrecido com certas coisas que ocorrem em nosso país.

Pelo título do texto, imagino que vocês devem saber sobre o que se trata. É incrível como somos submetidos à certas situações. Um torcedor do Corinthians, diga-se, criminoso, matou um jovem de 14 anos com um sinalizador. Muitos dirão: ah, mas foi um acidente, falta de informação ao manusear o sinalizador. Hoje não existe isso de falta de informação. Vivemos a era da informação. Como alguém pode dizer que não tem conhecimento de como funciona qualquer coisa?

E se não sabe manusear, porque utilizar então? Ao assumir esse risco, assume-se o risco da morte. Isso se o disparo não tiver sido feito propositalmente!

Mas a questão não é esta que quero referir neste texto. Veja bem:

Foram presos doze corinthianos na Bolívia, e lá continuam presos por enquanto. Pois bem, a torcida organizada Gaviões da Fiel apresentou um jovem de 17 anos que "se diz" responsável pelo disparo. Eu acho interessante, e conveniente, que um piá de 17 anos seja apresentado como culpado, sendo assessorado pelo advogado da Gaviões da Fiel.

É muito fácil oferecer algo em troca para este jovem e sua família humilde para que ele assuma a culpa, afinal de contas, pela legislação brasileira (muito falha, diga-se de passagem), ele não pode ficar preso, e portanto irá cumprir uma "medida sócio educativa" até completar 18 anos, e depois, quem sabe alguns serviços comunitários, e assim se pagará a vida de um jovem boliviano de 14 anos.

Além do mais, o que me deixou mesmo revoltado, é que a embaixada brasileira está trabalhando na hipótese de alugar uma casa para os corinthianos responderem ao processo em liberdade. Quantos outros brasileiros passaram e passam por situações vexatórias e constrangedoras em diversos países? Eu pelo menos nunca ouvi dizer que em algum destes casos a embaixada brasileira fizesse algo do tipo.

E sabe qual o maior problema nisso tudo? O Corinthians é patrocinado com o nosso dinheiro, pois a Caixa Econômica Federal é um banco público, ou seja, utiliza o dinheiro dos nossos impostos para funcionar.

Mas no Brasil é assim... Queria ver se fossem torcedores são paulinos, santistas, palmeirenses, flamenguistas, fluminenses, vascaínos, botafoguenses, ou mesmo gremistas ou  colorados. Dá vontade de rir.

Mas esse é o nosso Brasil. Afinal de contas, o Corinthians é patrocinado pela Caixa Federal, tem milhões de dinheiro público investido em seu estádio particular, e é o time de coração do Sr. Luís Inácio Lula da Silva.

Pistolão e carteiraço à vista!

As inundações não são somente da água da chuva...

As frequentes inundações e alagamentos em nossa Uruguaiana expõem vários lados de uma frágil sociedade que sofre apenas pelas suas próprias escolhas.

Ultimamente todos tem reclamado do poder público, em relação aos alagamentos. Inclusive eu. É dever do município prover este tipo de demanda.

Mas esbarramos em alguns problemas, como por exemplo o secretário de obras nunca "tem conhecimento" do que está acontecendo na cidade, e não sei se isso é por preguiça ou incompetência mesmo, ou ainda poderá ser apenas uma forma de não bater de frente com os problemas.

Pois bem , além disso, temos as dificuldades financeiras de nossa prefeitura, que todos sabemos. Obras de escoamento de água advinda da chuva custam algum milhões. Milhões estes que nosso executivo hoje não dispõe. Nesse sentido, a saída será, mais uma vez, um endividamento com algum banco, para realizar uma obra necessária, já que assim como na imensa maioria dos executivos, gasta-se muito com a folha, e sobra pouco para investimentos em infra estrutura urbana.

Além do mais, temos uma grande questão de consciência coletiva que hoje não existe. Quantos destes cidadãos que reclamam das inundações não são os mesmos que jogam lixo nas ruas, depositam quinquilharias em terrenos baldios ou depositam lixo nas esquinas? Já temos poucas possibilidades de escoamento das águas advindas da chuva, e ainda muita gente "relaxada" (desculpem a expressão!) fico jogando lixo nas ruas? Por favor né, depois são os primeiros a reclamar.

Por fim, também contribui para as inundações o fato de quase todas as ruas da cidade estarem asfaltadas. Não, não sou contra o asfaltamento, pelo contrário, pois inclusive fui beneficiado pelo asfalto na frente da minha residência. Me refiro ao fato de que muitas ruas foram asfaltadas, e não houve um planejamento, sequer de instalação de bocas de lobo ou bueiros para escoar a água, pois antes, quando era terra, esta absorvia água, e agora, com o asfalto, isso não é mais possível.

O problema das inundações também é de responsabilidade do executivo, mas não somente. Para resolver isso, temos de cobrar previdências da prefeitura, um trabalho conjunto entre executivo e Foz do Brasil em relação ao escoamento, mas principalmente, uma maior consciência da população em relação ao lixo. Rua não é depósito, seja de lixo, móveis, ferros ou qualquer outro material.


Educação mede o nível de cultura de um povo.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Cada escolha, um renúncia


Todo ano é a mesma coisa: carnaval vai, carnaval vem, sempre as mesmas reclamações sobre os transtornos no trânsito, comércio, mobilidade urbana, etc.

Apesar de ser um apaixonado por esta manifestação popular que é o carnaval, tenho que concordar que a montagem da passarela do samba, na Av. Presidente Vargas, causa grandes transtornos ao nosso trânsito, e prejuízo aos comerciantes que tem seus estabelecimentos nesta via.

Podemos ver também o fato que milhares de pessoas reclamam e/ou não gostam do carnaval pelo barulho, complicações no trânsito e no comércio, valores elevados para assistir, investimento de dinheiro público, etc. Mas o que a grande maioria, com o perdão da redundância, não consegue ver, é a injeção de dinheiro em nossa economia, bem como a divulgação de nossa cidade em grandes centros (Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro).

Este dinheiro injetado movimenta nossa economia, além de gerar renda para diversas pessoas que vendem bebidas e lanches no entorno dos desfiles, e firmar nossa imagem no cenário nacional.

Mas todas estas questões nos levam à seguinte pergunta: existe hoje a necessidade de um sambódromo em Uruguaiana?

Querem saber minha resposta? Se o carnaval continuar sendo organizado, mantido e gerenciado da forma como está sendo nos últimos anos, não é necessário, pois a festa não vai crescer mais do que está. Com uma mudança na gestão do carnaval, possibilitaria arrecadar mais recursos em patrocínios, o que hoje é muito limitado em virtude de a organização ser feita pela Prefeitura.

O sambódromo é sim necessário, assim como mudança na gestão do evento, mas principalmente uma mudança nas mentes dos dirigentes das escolas de samba.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A usina que nos pertence

A usina da AESSul já está em pleno funcionamento na nossa Uruguaiana.

A usina pretende trabalhar produzindo em média 494 MW, embora neste primeiro momento tenhamos apenas 164 MW sendo produzidos.

Antes, dependíamos do gás que passava pelos "muy hermanos" argentinos, o que inviabilizou  por anos a fio a manutenção do funcionamento da usina, em função de devaneios argentinos, sejam políticos, econômicos ou comerciais.

Com a Petrobrás entrando na jogada, o gás agora é importado de Trinidad & Tobago. Chique, não? Mas o mais importante é que, além de termos uma usina funcionando em nossa cidade, este fato irá gerar um acréscimo de 30% na arrecadação de impostos do município, trazendo mais dinheiro para a cidade. E se as outras duas turbinas voltarem a funcionar, podemos ter um acréscimo de até 70% no recolhimento de impostos.

Este valor com certeza irá desafogar um pouco as dívidas do executivo municipal, mas o principal é sabermos que este valor existe, para vermos se teremos melhoria visíveis em saúde, educação, segurança, e outras áreas do serviço público.

Só o tempo dirá se Uruguaiana terá este dinheiro revertido para quem sustenta o governo: nós.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Mais um Seu Valdemar...

Toda Uruguaiana já ficou sabendo da morte do Seu Valdemar, ocorrida no feriadão de carnaval, em frente ao seu estabelecimento, conhecido há mais de quarenta anos.

Os três indivíduos já foram capturados, inclusive sendo dois deles menores de idade. Palmas para o louvável trabalho da nossa gloriosa Brigada Militar, que mesmo com todas as dificuldades que enfrenta não somente em Uruguaiana, mas em todo o estado, consegue desempenhar uma função importantíssima.

A questão do assalto passa por muitas outras vertentes, que são tão latentes em Uruguaiana, mas parece que ninguém quer ver, assim como em muitas outras localidades do nosso país. Como sempre, se busca combater os efeitos, esquecendo a causa deste e outros atos de violência.

Não basta prender os assaltantes e assassinos, se a raiz do problema não for combatida. Dessa forma, sempre teremos vários Seu Valdemar, e muitos outros que perderam a vida na mão de bandidos.

As raízes do problema da violência são sociais. Não adiante reprimir os bandidos se não trabalharmos a questão da drogadição. Muito da onda de violência em Uruguaiana se deve a isso, pois hoje não basta apenas um "back" pra gurizada ficar "legal". Tem que dar uma "cheiradinha", ou então fumar uma pedra de crack. Um baseado baratinho, que dá uma "viagem" legal, se encontra em qualquer lugar da cidade. Todos sabemos. A Brigada sabe. As autoridades sabem! O problema é que em seguida a maconha já não é tão "maneira" assim, e o indivíduo passa para entorpecentes mais pesados. E para manter um vício que não é barato, estes viciados se desviam para o lado do assalto, furto, roubo, e se precisar matar por cinco reais, matam mesmo, na doididão de sua "viagem psicodélica" causada pelo efeito das drogas.

Mas a questão vai mais além. É necessário saber o motivo de os jovens estarem se refugiando nas drogas. Falta de perspectivas futuras, ausência da figura paterna, família desestruturada, falta de ensino de qualidade em escola integral, ausência do poder público em comunidades carentes, preparação precária (quando existe) para o mercado de trabalho... Enfim, são muitas as causas deste mal social que é a violência decorrente das drogas.

A questão é como o poder público e a sociedade podem trabalhar na busca por soluções que integrem estes jovens, na medida em que buscamos uma sociedade melhor.

Enquanto a sociedade civil organizada (que diga-se de passagem, em Uruguaiana é NADA organizada!) não perceber isto, continuaremos vítimas e reféns de uma sociedade criada por nós mesmos, quando deixamos de olhar o outro e passamos a olhar somente o nosso umbigo. Enquanto tivermos atitudes como esta, seguiremos assistindo no noticiário a morte de mais um Seu Valdemar por semana... E um dia, o Seu Valdemar pode ser um de nós.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Saúde... De quem é a culpa?

Todos sabemos que em Uruguaiana um dos maiores problemas enfrentados pela população é a saúde pública. Nossa cidade não consegue oferecer saúde de qualidade, e isso não é exclusividade unicamente de Uruguaiana.

Em todo o Brasil, a situação da saúde pode ser considerada caótica. Num trocadilho bem infame, podemos dizer que a saúde em nosso país está na U.T.I. Muitos culpam os municípios, mas o que nem todos sabem é que a responsabilidade de oferecer saúde de qualidade é da União, não do município e tampouco do estado.

Pesquise e veja quanto custa qualquer procedimento hospitalar, seja ele cirúrgico, ambulatorial, internação, anestesia, enfim... Pesquise quanto custa e depois pesquise qual o valor que o Sistema Único de Saúde - SUS, que é da União, repassa aos municípios.

Claro que em alguns municípios, os valores repassados são mal utilizados, mas mesmo quando são administrados com competência, falta quase 50% para conseguir cobrir os custos de procedimentos e consultas.

Além disso, em Uruguaiana temos outro problema... A panelinha dos médicos de sempre. Sempre os mesmos comandando o Corpo Clínico da Santa Casa de Caridade, e fazendo com que novos médicos sempre desistam de trabalhar no hospital, pois não aceitam as "condições" para entrar na "panela".

Pois porque não tiram estes médicos? Ora, seria impossível viabilizar o funcionamento de forma integral do nosso hospital sem nenhum desdes médicos, os mesmos de sempre. Dessa forma, nós e o poder executivo nos tornamos reféns desta verdadeira "máfia de branco".

Mas e qual a solução? Bom, eu acredito que a solução seria a construção de um novo hospital (diga-se de passagem, nossa cidade está precisando!), talvez em parceria com a União na tentativa de aproveitar o campus da UNIPAMPA na área da saúde para a construção de um hospital escola, onde apenas trabalhassem médicos novos e profissionais em formação da própria UNIPAMPA, sem a influência dos "de sempre", onde a panelinha seria apenas o trabalho sério em prol da comunidade que necessita de atendimento.

Que parece esta ideia a vocês?

Profissionais sem profissão?

Na última semana, os motofretetistas e mototaxistas (cerca de 800) de Uruguaiana realizaram uma Assembleia sobre a questão da regulamentação da profissão por parte da Prefeitura Municipal, algo que o Denatran exige para aplicar a legislação.

Logo após, saíram em um "motocicletaço" pelas ruas da cidade até chegar ao centro, com o intuito de protestar na frente da sede do poder executivo. Pois bem, todo o cidadão tem o direito de protestar, e toda a classe tem o direito de reivindicar aquilo que julga necessitar, mas o direito de um termina onde começa o direito de outro. Digo isso por que durante o trajeto, foram interrompidas ruas por inteiro, causando grande transtorno no trânsito já caótico de nossa cidade.

Mas a questão principal deste texto é a seguinte: a classe reivindica uma regulamentação por parte da prefeitura, o que houve em uma tentativa em meados do ano passado, mas por pressão dos próprios motociclistas (ou seriam motoqueiros?) a câmara de vereadores acabou rejeitando a proposta enviada pelo executivo.

Acredito na democracia, e que os profissionais envolvidos no processo devem ser chamados para auxiliar no projeto de lei que regulamenta a profissão, porém, devem cumprir toda a legislação, o que me parece contrariar várias pessoas integrantes da classe em questão, pois assim como temos ótimo profissionais nas duas rodas, verdadeiros motociclistas, temos também os motoqueiros, aqueles que transitam em alta velocidade, costuram o trânsito, passam semáforos no vermelho, andam na contramão, transitam pelas ciclovias e pelas calçadas, além de outras inúmeras infrações de trânsito.

Me parece este o real motivo de tanta "indignação" dos motoqueiros (sim, considero motoqueiro aquele motociclista que desrespeita as leis, e principalmente, o direito dos outros no trânsito), pois à medida em que a fiscalização apertar, estes ditos profissionais, terão que respeitar o Código de Trânsito Brasileiro, algo que aparentemente, muitos deles desconhecem.

Outra reclamação é a necessidade de realizar o curso específico para atuar nesta profissão, bem como o pagamento de impostos sobre as atividades. Bem, muitos poderão dizer que estou contra esta classe, que realmente presta relevantes serviços através de seus profissionais que são motociclistas, mas não é este o caso. Pense comigo: nós não temos de pagar impostos pelas nossas atividades comerciais, ou as empresas não pagam impostos? Você e eu não tivemos que estudar (e óbvio, pagar por isso!) para termos a nossa profissão? Pode ser um curso superior, técnico, profissionalizante ou mesmo de qualificação?

Por que eles não podem pagar impostos? Por que eles não podem fazer o curso específico? Se se dizem profissionais de uma classe, por que não querem profissionalizar a sua classe para serem melhor qualificados e remunerados?

Acredito no potencial da classe e da profissão, mas a partir do momento em que realmente forem profissionais.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A cidade dos buracos asfaltados

Todo o progresso tem seu preço, muitos dizem.

Mas todo preço tem limite, correto?

É impressionante como as ruas de Uruguaiana tem andado esburacadas. Até tínhamos tido uma luz no fim do túnel com a Usina de Asfalto, que possibilitou à muitas regiões da cidade possuir asfalto em suas ruas, mesmo o denominado "asfalto-casquinha" por alguns.

Tudo bem, para trabalhar com os encanamentos da cidade, é necessário fazer buracos, é óbvio! A questão toda é como estes buracos estão sendo tapados.

A Foz do Brasil contrata uma outra empresa para realizar este trabalho (isso quando realiza!). Mas como muitos de vocês já devem ter percebido, bastam alguns dias após o trabalho de tapar os buracos, o novo "asfalto" cede, dando origem a um tamanho buraco, com a diferença que é um "buraco asfaltado" E não são poucos os buracos asfaltados em nossa cidade.

A empresa é terceirizada, mas a responsabilidade é da Foz do Brasil! Pois se foi ela quem contratou os serviços desta empresa, obviamente que ela se responsabiliza pelos trabalhos realizados. E ao poder público, cabe fiscalizar e cobrar a solução, pois não aguentamos mais desviar de um buraco para cair em outro (pelo menos eu não aguento, seja de carro, ou mesmo de ônibus).

Não adianta ter asfalto para depois ele ser quebrado e não reparado. Pagamos nossos impostos, e a conta de água também, e queremos um trabalho de qualidade da Foz do Brasil, não somente na água que bebemos, mas também nas ruas onde transitamos.
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