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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Profissionais sem profissão?

Na última semana, os motofretetistas e mototaxistas (cerca de 800) de Uruguaiana realizaram uma Assembleia sobre a questão da regulamentação da profissão por parte da Prefeitura Municipal, algo que o Denatran exige para aplicar a legislação.

Logo após, saíram em um "motocicletaço" pelas ruas da cidade até chegar ao centro, com o intuito de protestar na frente da sede do poder executivo. Pois bem, todo o cidadão tem o direito de protestar, e toda a classe tem o direito de reivindicar aquilo que julga necessitar, mas o direito de um termina onde começa o direito de outro. Digo isso por que durante o trajeto, foram interrompidas ruas por inteiro, causando grande transtorno no trânsito já caótico de nossa cidade.

Mas a questão principal deste texto é a seguinte: a classe reivindica uma regulamentação por parte da prefeitura, o que houve em uma tentativa em meados do ano passado, mas por pressão dos próprios motociclistas (ou seriam motoqueiros?) a câmara de vereadores acabou rejeitando a proposta enviada pelo executivo.

Acredito na democracia, e que os profissionais envolvidos no processo devem ser chamados para auxiliar no projeto de lei que regulamenta a profissão, porém, devem cumprir toda a legislação, o que me parece contrariar várias pessoas integrantes da classe em questão, pois assim como temos ótimo profissionais nas duas rodas, verdadeiros motociclistas, temos também os motoqueiros, aqueles que transitam em alta velocidade, costuram o trânsito, passam semáforos no vermelho, andam na contramão, transitam pelas ciclovias e pelas calçadas, além de outras inúmeras infrações de trânsito.

Me parece este o real motivo de tanta "indignação" dos motoqueiros (sim, considero motoqueiro aquele motociclista que desrespeita as leis, e principalmente, o direito dos outros no trânsito), pois à medida em que a fiscalização apertar, estes ditos profissionais, terão que respeitar o Código de Trânsito Brasileiro, algo que aparentemente, muitos deles desconhecem.

Outra reclamação é a necessidade de realizar o curso específico para atuar nesta profissão, bem como o pagamento de impostos sobre as atividades. Bem, muitos poderão dizer que estou contra esta classe, que realmente presta relevantes serviços através de seus profissionais que são motociclistas, mas não é este o caso. Pense comigo: nós não temos de pagar impostos pelas nossas atividades comerciais, ou as empresas não pagam impostos? Você e eu não tivemos que estudar (e óbvio, pagar por isso!) para termos a nossa profissão? Pode ser um curso superior, técnico, profissionalizante ou mesmo de qualificação?

Por que eles não podem pagar impostos? Por que eles não podem fazer o curso específico? Se se dizem profissionais de uma classe, por que não querem profissionalizar a sua classe para serem melhor qualificados e remunerados?

Acredito no potencial da classe e da profissão, mas a partir do momento em que realmente forem profissionais.

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