600 crianças sem escola... Como?

Hoje, em uma conversa informal, descobri algo incrível...

Perto do fim do ano passado, na enxurrada de inaugurações norteada pelo fim de mandato que todos perceberam em Uruguaiana, uma das inaugurações foi a da Escola de Educação Infantil José Maria Argemi Filho, localizada onde era antigamente a Gavel Gattiboni, próximo ao Colégio Uruguaiana.

À época da inauguração, foi bradado aos quatro ventos que a Escola de Educação Infantil José Maria Argemi Filho seria a maior escola de educação infantil do estado, uma escola "de primeiro mundo", a escola de educação infantil com melhor estrutura no Rio Grande do Sul, uma das melhores do Brasil, etc.

Pois bem, qual não foi a minha surpresa hoje quando nesta conversa informal, descubro que a escola inaugurada ainda em 2012, ainda não abriu as portas para os alunos, para as 600 crianças que poderiam ser atendidas.

Cabe ressaltar que desde o início do ano a escola tem funcionários e professoras, bem como toda a parte estrutural finalizada, pronta pra receber os pequeninos. Mas então, o que acontece que a escola ainda não está funcionando?

Pois bem, caros leitores, pasmem: a Escola de Educação Infantil José Maria Argemi Filho ainda não está recebendo alunos, pois em dias de chuva, chove mais dentro da escola do que na rua! Quando chove as professoras tem de ficar limpando pisos e paredes para que não se estrague a estrutura física da escola.

Sim, uma escola "de primeiro mundo" passando por esta situação. Diria mais, uma escola nova, recém inaugurada e que não teve sequer uso! Seria um problema de execução da obra, ou seria um fato programado, pois se o teto fosse arrumada como deveria não daria tempo para inaugurar antes do fim do mandato? É apenas uma hipótese, uma pergunta... Não estou afirmando nada, mas deixo aberto para o raciocínio de você, leitor.

E enquanto pensamos, gostaria de saber se o executivo e o legislativo também estão pensando nas 600 crianças sem escola, e nos gastos com dinheiro público que foram mal utilizados...